11 outubro 2019

Primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali ganha o Nobel da Paz 2019

Imagem: Tiksa Negeri/Reuters
Nathan Lopes
Do UOL*, em São Paulo

O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, 43, é o ganhador do Prêmio Nobel da Paz 2019. O nome do vencedor foi anunciado hoje pelo comitê do prêmio, na Noruega. Abiy Ahmed atuou para alcançar a paz no conflito entre Etiópia e a Eritreia, país vizinho. Os dois países travaram uma guerra de fronteira de 1998 a 2000. Eles restauraram as relações em julho de 2018, após anos de hostilidade. 


"Quando Abiy Ahmed se tornou o primeiro-ministro em abril de 2018, ele deixou claro que desejava retomar o ritmo das negociações com a Eritreia. Em estreita cooperação com o presidente da Eritreia, Abiy Ahmed rapidamente elaborou os princípios para um acordo de paz que acabasse com o impasse entre os dois países", diz comunicado da organização do Nobel. Mais de 300 personalidades e organizações eram candidatas este ano a receber o Nobel da Paz. Entre os que figuravam como favoritos para o prêmio deste ano estavam o líder indígena brasileiro Raoni Metuktire e a ativista sueca Greta Thunberg. O prêmio é de 9 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3,7 milhões) para o vencedor. 

Logo após a divulgação do vencedor, Raoni divulgou um vídeo em que disse que irá continuar defendendo os direitos dos povos indígenas. Abiy Ahmed se declarou honrado e feliz e agradeceu ao "prêmio dado à África". "Imagino que outros líderes na África pensem que é possível trabalhar nos processos de construção da paz em nosso continente", disse o jovem líder etíope em uma breve conversa por telefone com a organização Nobel, que postou suas palavras na internet.

Responsável pelo anúncio, a presidente do Comitê Nobel Norueguês, Berit Reiss-Andersen, também destacou que o prêmio deseja "expressar um reconhecimento a todos os atores que trabalham pela paz e a reconciliação na Etiópia e nas regiões do leste e nordeste africanos". O Nobel ainda fez menção ao trabalho do ditador da Eritreia, Issaias Afworki. "A paz não é alcançada apenas com as ações de uma única pessoa. Quando o primeiro-ministro Abiy Ahmed estendeu a mão, o presidente Afwerki aceitou e ajudou a dar forma ao processo de paz entre os dois países", afirmou o comitê.

O anúncio do Nobel da Paz segue os de Medicina, Física, Química e Literatura, que começaram a ser anunciados desde o início da semana. Na próxima segunda-feira, será divulgado o ganhador do prêmio de Economia. Os prêmios serão entregues no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel, em uma cerimônia na Sala de Concertos de Estocolmo. O Nobel da Paz será entregue na Câmara Municipal de Oslo, o único fora da Suécia, por desejo de Nobel, já que a Noruega fazia parte do Reino da Suécia na sua época.

FONTE - https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2019/10/11/nobel-da-paz-2019.htm?cmpid=copiaecola

Manuela d'Ávila: "Única pauta que tinham para mim era de musa do Congresso"

Lucas Lima/UOL/Folhapress
Por Camila Brandalise
De Universa


"Passei oito anos sendo chamada de musa em Brasília, não tinha espaço para falar de trabalho", diz Manuela d'Ávila, que, pelo PCdoB, já foi vereadora em Porto Alegre, deputada estadual, deputada federal e, nas eleições de 2018, candidata à vice-presidência dividindo chapa com Fernando Haddad (PT). "Esse tratamento não cabe mais", avalia. "Hoje, a vigília feminina é coletiva e ultrapassa a barreira dos partidos." Manuela, 38, que também é jornalista, está prestes a lançar "Por Que Lutamos? Um Livro Sobre Amor e Liberdade" (editora Planeta), em pré-venda, em que explica o feminismo para quem ainda não o conhece ou entende. Fala de questões pessoais, como ser filha de uma mulher divo... -

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