30 agosto 2021

Claudiney dos Santos é bicampeão paralímpico no lançamento de disco

Claudiney dos Santos é bicampeão paralímpico no lançamento de disco

Foto - Miriam Jeske/CPB


Com um lançamento de 45m59, o brasileiro Claudiney Batista dos Santos conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio (Japão). O favoritismo do atleta no lançamento de disco classe F56 (cadeirantes)  se confirmou na madrugada desta segunda-feira (30): ele conseguiu os quatro melhores lançamentos da prova, em seis tentativas. O bicampeão faturou o primeiro ouro paralímpico na Rio 2016.

Além de conquistar o ouro, Claudiney bateu novamente o recorde paralímpico. Ele detém também o recorde mundial (46m68). Com a medalha obtida nesta madrugada, o atletismo chega a cinco medalhas em Tóquio. O pódio do lançamento de disco teve também o indiano Yogesh Kathuniya, que fez um lançamento de 44m38, medalha de pata, e o cubano Leonardo Aldana, que levou o bronze com um lançamento de 43m36.

A classe F56 abrange atletas com sequelas de poliomielite, lesão medular e amputação. O medalhista brasileiro teve sua perna esquerda amputada após um acidente de moto em 2005. Antes do acidente ele praticava halterofilismo. A entrada no atletismo foi em 2006.

Entre suas principais conquistas de Claudiney nos últimos anos estão a a medalha de ouro no Mundial Dubai 2019, e ouro no lançamento de disco e prata no lançamento de peso nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. 

 

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

Fonte - Agência Brasil


Perda de arrecadação no RN pode chegar a R$ 301 milhões com aprovação do PL 2337/2021

A projeção consta em pesquisa feita pela FEBRAFITE, que aponta prejuízo para os 27 estados brasileiros



O estado do Rio grande do Norte vai deixar de arrecadar R$ 301 milhões anuais caso o Congresso Nacional aprove o projeto de lei 2337/2021, que trata da revisão da tributação da renda. É o que aponta uma pesquisa elaborada pela Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (FEBRAFITE). A medida é tida como a segunda parte da reforma tributária proposta pelo governo federal.

Na avaliação da vice-presidente da Associação dos Auditores Fiscais de Minas Gerais (AFFEMG), Sara Felix, o PL também é prejudicial para estados e municípios porque o modelo apresentado provoca queda de investimentos e reduz o nível de empregos em todas as unidades da federação.

“Veja que o governo federal está repassando essa conta da reforma do Imposto de Renda para os estados, DF e municípios e, ao mesmo tempo, busca equilibrar sua receita com ajustes em suas contribuições. Ocorre que o governo federal dispõe desse mecanismo, mas os demais entes subnacionais, não. São esses entes que estão mais próximos do cidadão e são mais cobrados por serviços de qualidade, sem que disponham de algum mecanismo para recuperar essa receita tão importante para a prestação desses serviços”, considera.



Atualmente, a matéria se encontra na Câmara dos Deputados. O substitutivo ao PL 2337/2021, apresentado no relatório final, aumenta a tributação total sobre os investimentos produtivos para compensar desonerações concedidas a algumas modalidades de investimentos financeiros e a pessoas físicas.
PEC 110/2019 como solução

O modelo de arrecadação de impostos em vigor no Brasil é considerado ultrapassado por sua complexidade e insegurança no que diz respeito à sonegação. Sendo assim, tanto parlamentares quanto especialistas têm defendido a aprovação da PEC 110/2019, que também trata da reforma tributária. Atualmente, a medida está sob análise do Senado Federal.

Para o advogado tributarista Rafael Amorim, a reforma precisa ser ampla e não fatiada. Sendo assim, ele acredita que a PEC 110 apresenta pontos oportunos para o atual quadro do Brasil, já que propõe a unificação de impostos federais, estaduais e municipais.

“Em termos gerais, ela pretende criar o IBS e também possui as características de um IVA. Isso é basicamente uma unificação da tributação sobre o consumo, no Brasil. O nosso sistema tributário, apesar de limitar as competências entre estados, municípios e União, é inteiramente interligado. Então, é difícil a gente falar de uma reestruturação do sistema tributário sem falar de uma reforma tributária ampla”, avalia.

A PEC 110/2019 pretende extinguir 10 tributos: IPI, IOF, CSLL, PIS, Pasep, Cofins e Cide Combustíveis, de arrecadação federal; o ICMS, de competência dos estados; e o ISS, de âmbito municipal, além do Salário-Educação. Em substituição, cria o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e o Imposto Seletivo (IS).


Fonte: Brasil 61