31 agosto 2021

Tóquio: Carol Santiago fatura ouro e Gabriel Bandeira prata na natação

 Os brasileiros já subiram sete vezes ao pódio nesta Paralimpíada

Foto - Ale Cabral/CPB

A natação brasileira começou esta terça-feira (31) com duas medalhas, ouro e prata, na Palimpíada de Tóquio (Japão). A pernambucana Maria Carolina Santiago garantiu o ouro na prova de 100 metros livre da classe S12 (deficiência visual), com o tempo de 59s01. Esta foi a terceira medalha da nordestina em Tóquio 2020. Ela já havia garantido o ouro nos 50 metros livre S13 (deficiência visual) e o bronze nos 100 metros costa S12 (deficiência visual), no Centro Aquático de Tóquio, na capital japonesa. 

Já a medalha de prata brasileira veio com o paulista Gabriel Bandeira nos 200m medley SM14 (deficiência intelectual), ao completar a prova em  2mim09s56. O brasileiro agora soma quatro medalhas na Tóquio 2020, pois já conquistou um ouro nos 100m borboleta (S14), uma prata nos 200 metros livre (S14) e um bronze no revezamento 4x100m misto (S14).

Pódios

Na prova dos 100 metros livre da classe S12 (deficiência visual), Maria Carolina Santiago dividiu o pódio com Daria Pikalova, do Comitê Paralímpico Russo, que levou medalha de prata com o tempo de 59s13. Já a britânica Hannah Hussel foi a terceira colocada, batendo a marca de 1min00s25. Nesta disputa também tivemos outra brasileira na água, Lucilene da Silva Sousa terminou a prova na sexta posição, com o tempo de 1min02s42.

À frente de Gabriel Bandeira nos 200 medley (SM14) ficou apenas o britânico Reece Dunn, que bateu o recorde mundial com o tempo de 2min08s02. Já o ucraniano Vasyl Krainyk garantiu o bronze, tendo obtido 2min09s92.

Outros resultados

O carioca Caio Amorim também caiu na água para disputar a prova dos 400m livre da classe S8 (deficiência físico-motora) e ficou em sexto lugar, com o tempo de 2min16s90.

Já a mineira Patricia Pereira dos Santos ficou próxima do pódio nos 50m peito da classe S3 (deficiência físico-motora). Na quarta colocação, ela fez o tempo de 1min01s60, ficando a 22 centésimos da mexicana Nely Miranda Herrera, terceira colocada, que concluiu a disputa em 1min01s60.

Por Rafael Monteiro - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Edição: Cláudia Soares Rodrigues


Fonte - Agência Brasil


Ensaio de golpe no dia 7 de setembro assusta democratas de ocasião

Se no passado apoiaram a ditadura, hoje eles a rejeitam, porque prejudicaria seus negócios. Menos mal que seja assim

Foto: Orlando Brito

Por Ricardo Noblat

Quatro parágrafos, 183 palavras e um sujeito oculto, o presidente Jair Bolsonaro, que a covardia do texto subscrito por mais de 200 entidades do setor produtivo brasileiro esmerou-se em esconder.

Os dois primeiros parágrafos equivalem ao que no jornalismo se chama de “nariz de cera” – um tipo de introdução perfeitamente dispensável que só retarda a abordagem do assunto.

E aí já foram para o lixo 77 do total de palavras. As demais falam em “escalada de tensões e hostilidades entre autoridades públicas” e defendem a “pacificação política” e a “estabilidade institucional”.

Quem tem promovido a escalada de tensões? Fica no ar. Os bolsonaristas poderão dizer que é o Supremo Tribunal Federal, a oposição ao governo que é Bolsonaro.

“O momento exige de todos serenidade”, diz o texto, como se estivesse faltando serenidade aos três Poderes da República. Não é o que se vê. É o presidente quem toca fogo no país.


Nenhuma voz do Congresso e da Justiça reclamou do texto. Bolsonaro vestiu a carapuça, sua tropa entrou em campo e o texto acabou engavetado a pretexto de angariar mais assinaturas.

Esperar-se o que do coordenador do manifesto, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, que até outro dia comportava-se como candidato de Bolsonaro ao Senado?


Agora, Skaf pretende ser candidato de Geraldo Alckmin ao Senado. Alckmin está de saída do PSDB para o PSD de Gilberto Kassab, que entre Lula e Bolsonaro votaria em Lula.


De empresários e banqueiros deste país não se espere outra coisa senão vassalagem ao presidente da República, seja ele qual for. Só deixam de babá-lo quando pressentem sua queda.

Foi assim com Collor, foi assim também com Dilma. Correram atrás de Lula para suplicar-lhe que fosse candidato outra vez em 2014 porque Dilma era mais refratária aos seus pedidos, Lula não.

O compromisso da maioria deles não tem sido ao longo da história com a democracia, mas com o sucesso dos seus negócios. Acumulação acima de tudo! Às favas todos os escrúpulos!


Apoiaram Bolsonaro em 2018 mesmo sabendo de quem se tratava. Para justificar o voto, diziam acreditar que ele se converteria ao liberalismo por obra e graça do futuro ministro da Economia.

Fingiram que estavam diante de um político apenas conservador e não de um reacionário órfão da ditadura de 64. E se fosse mesmo órfão? Eles não apoiaram a ditadura até ela se esgotar?

O fracasso do governante que elegeram ameaça o negócio de cada um deles, daí a chiadeira, daí o medo do golpe anunciado. Se o golpe no passado os beneficiou, hoje os prejudicaria.

São democratas de ocasião. Menos mal que sejam.